Esperança
Mário Quintana
Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Mora uma louca chamada Esperança:
E quando todas as buzinas fonfonam
quando todos os reco-recos matracam
quando tudo berra quando tudo grita quando tudo apita
A louca tapa os ouvidos e atira-se
e – ó miraculoso voo! –
Acorda outra vez menina, lá embaixo, na calçada.
O povo aproxima-se, aflito
E o mais velhinho curva-se e pergunta:
– Como é teu nome, menininha dos olhos verdes?
E ela então sorri a todos eles e lhes diz, bem devagarinho, para que não
esqueçam nunca:
– O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...
Equipe de Matemática - NPE
DER-Lins